Os impostos são essenciais para a manutenção dos serviços públicos e da infraestrutura em qualquer país. Eles desempenham um papel fundamental na proteção do bem-estar das pessoas, e o Japão não é exceção. Para muitos trabalhadores estrangeiros, o sistema tributário japonês pode parecer bastante complexo e difícil de navegar. Este guia tem o objetivo de simplificar o básico e fornecer informações sobre os fundamentos do sistema tributário do Japão.
Entendendo o sistema tributário japonês
No Japão, o pagamento de impostos é obrigatório. Qualquer pessoa que viva e trabalhe no país, inclusive estrangeiros, deve cumprir as regulamentações fiscais. Se você é residente ou não residente, as obrigações podem variar um pouco. Para aqueles que não estão familiarizados com esses termos, os “residentes” normalmente têm obrigações fiscais mais extensas do que os “não residentes”.
Principais tipos de impostos
O Japão tem vários tipos de impostos, como o imposto sobre o consumo de bens e serviços e impostos específicos sobre a propriedade de veículos. No entanto, dois impostos importantes dos quais os trabalhadores estrangeiros devem estar cientes são o imposto de renda e o imposto de residência.
Imposto de renda
O imposto de renda é calculado com base nos ganhos, após a subtração de determinadas deduções. Esse imposto é cobrado pelo governo nacional e se aplica a todos os rendimentos auferidos no Japão, incluindo salários e rendimentos de investimentos. A alíquota do imposto de renda é progressiva, o que significa que quanto mais você ganhar, maior será a porcentagem de imposto que precisará pagar. As alíquotas variam de 5% a 45%, dependendo de sua renda total.
Imposto para residentes
O imposto de residência também se baseia na renda, mas é pago ao município onde você mora, e não ao governo nacional. As alíquotas e os métodos de cálculo podem variar dependendo da área local, portanto, é aconselhável verificar os requisitos específicos de seu município.
Deduções e isenções fiscais para estrangeiros
Os estrangeiros que residem no Japão podem se qualificar para várias deduções fiscais semelhantes às dos cidadãos japoneses. Por exemplo, aqueles que incorrem em despesas médicas significativas ou pagam prêmios de seguro de vida podem se qualificar para deduções específicas. Além disso, os trabalhadores estrangeiros que sustentam membros da família podem se beneficiar de uma dedução de dependente, que pode reduzir os impostos de renda e de residência.
Isenções fiscais para estrangeiros
Certos estrangeiros com status de visitante temporário e que permanecem no Japão por menos de seis meses podem se beneficiar de isenções de impostos sobre o consumo ao fazer compras em lojas específicas isentas de impostos. Essas isenções podem tornar as despesas diárias mais gerenciáveis durante estadias de curto prazo.
Tratados fiscais
O Japão tem tratados fiscais com vários países para evitar a dupla tributação. Esses acordos garantem que você não seja tributado duas vezes sobre a mesma renda, tanto pelo seu país de origem quanto pelo Japão, oferecendo um alívio significativo aos trabalhadores estrangeiros.
Procedimentos de declaração de impostos
Para a maioria dos trabalhadores empregados por empresas, o imposto de renda é tratado por meio de um ajuste de fim de ano conduzido pelo empregador. Isso garante que os impostos pagos a mais ou a menos sejam quitados sem a necessidade de apresentar uma declaração pessoal. Entretanto, se você tiver renda de várias fontes ou for autônomo, precisará apresentar sua própria declaração de imposto de renda. A declaração pode ser feita on-line ou em papel, e o prazo geralmente termina em meados de março.
Principais documentos para declaração
Ao declarar impostos, os estrangeiros devem estar preparados com vários documentos, inclusive o certificado fiscal, o cartão de residência, a identificação My Number e a caderneta bancária. Se estiver solicitando deduções para dependentes ou despesas médicas, também poderá ser necessária documentação adicional.